Foi inaugurada, em 26 de outubro em Belo Horizonte, uma experiência artístico-político-cultural totalmente nova: o Espaço Comum Luiz Estrela, uma ocupação que pretende ser um centro cultural autogestionado. Acompanhei de perto o processo de planejamento, apesar de não fazer efetivamente parte dele, e digo aqui de algumas impressões sobre o mesmo e sobre os significados dessa iniciativa. A primeira coisa que me chamou atenção foi o comprometimento intenso do grande número de pessoas envolvidas no processo de concepção, ocupação e organização do espaço. Pessoas que tiveram muito trabalho para tornar esse projeto realidade por acreditarem profundamente na construção coletiva, na autogestão, no potencial revolucionário da arte, na importância de ocupar e pautar a cidade. A segunda coisa que me chamou atenção foi a coerência do processo. Além da construção ter sido sempre baseada no diálogo horizontal intenso, a arte serviu como meio, e não apenas como fim. Tanto a vistoria como
Textos sobre feminismo, transformação e auto-conhecimento