Sou uma sonhadora incorrigível. Essa noite, no entanto, habitaram meus sonhos imagens de fogo e destruição. Fiquei profundamente abalada com o incêndio do Museu Nacional, esse lugar tão especial por diversos motivos. Um lugar que continha um patrimônio histórico incalculável, tanto para o país quanto para a humanidade. Um lugar que além de cuidar do passado, era palco de uma atual e efervescente produção de conhecimento, uma vez que abrigava diversos programas de pós-graduação da UFRJ. Como Antropóloga que sou, ver queimar a casa de um dos mais renomados programas de pós-graduação em Antropologia do país, casa também de muitas pessoas queridas que passaram ali anos desenvolvendo seus mestrados e doutorados, me parte o coração. Me parte o coração também em um lugar muito pessoal, pois grande parte da minha relação com minha cidade do coração, o Rio de Janeiro, passa pelo Museu Nacional, de onde guardo bonitas memórias das atividades acadêmicas pontuais que vivenciei lá.
Textos sobre feminismo, transformação e auto-conhecimento