Peço desculpas aos povos indígenas, às pessoas que moram na favela da Maré, às pessoas da oposição de esquerda que foram vigiadas, ameaçadas, reprimidas e presas por se manifestar contra a Copa (incluindo eu mesma), à população negra exterminada, à população LGBT que quase não foi enxergada e às mulheres que morreram fazendo abortos, mas, depois de muito refletir, decidi votar na Dilma. Decidi votar na Dilma, não por medo (acho que esse sentimento, tantas vezes mobilizado por forças conservadoras, não é um bom motivo para fazer escolhas políticas), mas pelas mulheres que conheci no Vale do Jequitinhonha, que antes do governo do PT não tinham renda, atendimento médico, nem comida. Decidi votar na Dilma pelas comunidades quilombolas e tradicionais, que apesar das violências que ainda sofrem, só começaram a ser reconhecidas e minimamente amparadas pelo Estado no governo do PT. Pelas negras e negros que hoje podem estudar nas universidades públicas e por todas as pessoas que traba
Textos sobre feminismo, transformação e auto-conhecimento